Augusto Elias da Silva concretizou uma aspiração não somente sua, mas de muitos espíritas da sua época. Desde 1865 que os espiritistas brasileiros sentiam a necessidade de propagar a Doutrina dos Espíritos por meio da imprensa. Naquela época o Espiritismo contava já com muitos adeptos, no Rio de Janeiro, na Bahia, em São Paulo e em outros locais.
Em 1869 surgiu na Bahia o primeiro órgão da imprensa espírita brasileira, «O Écho d’Além-Túmulo», fundado e dirigido por Luís Olímpio Teles de Menezes. Consideráveis tentativas haviam sido feitas também no Rio de Janeiro, com o objetivo de propagar a Doutrina por meio da imprensa, prova disso foi a «Revista Espírita», dirigida pelo Dr. António da Silva Neto, vice-presidente do Grupo Confúcio, a qual teve vida efêmera, aparecendo a 1 de Janeiro de 1875 e desaparecendo ao fim de seis meses. Outra tentativa foi a «Revista da Sociedade Académica Deus, Cristo e Caridade», que subsistiu de Janeiro de 1881 a Julho de 1882.
É nesse meio que o fotógrafo de profissão, Augusto Elias da Silva, idealiza, funda e faz circular o «Reformador — Orgam Evolucionista, ao serviço da Grande Causa».
“Abre caminho, saudando os homens do presente que também o foram do passado e ainda, hão-de ser os do futuro, mais um batalhador da paz: o Reformador.” Com essas palavras iniciais apresentava-se, em 21 de janeiro de 1883, o novo órgão da imprensa espírita.
Há muito que a revista «Reformador» se tornou o mais antigo divulgador da imprensa espírita brasileira. Em todo o mundo, ocupa o quinto lugar em antiguidade.