Nasceu a 29 de Agosto de 1831 e desencarnou a 11 de Abril de 1900, foi Médico, Redactor e Político (vereador, prefeito, deputado e senador). Descendente de família antiga no Ceará ligada à política e ao militarismo, foi educado segundo padrões rígidos e princípios da religião católica.
No ano de 1851, o mesmo da morte de seu pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no ano seguinte, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Para poder estudar, dava aulas de Filosofia e Matemáticas. Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina, defendendo a tese: “Diagnóstico do cancro”.
Casou-se com Maria Cândida de Lacerda, a06 de Novembro de 1858, que faleceu a 24 de Março de 1863, deixando-lhe 2 filhos.
Em 1861 inicia a sua carreira política, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, tendo que demitir-se do Corpo de Saúde do Exército. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu grande trabalho em favor do “Município Neutro”, na defesa dos humildes e necessitados.
Conheceu o Espiritismo no ano 1875, através de um exemplar de O Livro dos Espíritos, oferecido pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. Lançado em 1883o “Reformador”, tornou-se seu colaborador escrevendo comentários judiciosos sobre o Catolicismo. No dia 16 de Agosto de 1886, ante um auditório de pessoas da “melhor sociedade”, proclamava solenemente a sua adesão ao Espiritismo, tendo inclusive direito à uma nota publicada pelo jornal “O País” em tons elogiosos.
Passou então a escrever livros que se tornariam célebres no meio espírita. Em 1889, como presidente da FEB, iniciou o estudo metódico de “O Livro dos Espíritos”. Traduziu o livro “Obras póstumas”. Durante um período conturbado do movimento espírita manteve-se afastado do meio tendo por hábito somente a frequência do Grupo Ismael no qual eram estudadas obras de Kardec e Roustaing., enquanto a FEB decaía por problemas financeiros. Foi convidado a assumir a presidência da FEB, cuja consequência foi a vinculação da Federação ao Grupo Ismael e a Assistência aos Necessitados. Nesta ocasião foi redactor-chefe do Reformador. Defendeu os direitos e a liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal. Presidiu outras instituições espíritas e terminou esta existência no dia 11 de Abril de 1900, recebendo na primeira página de “O País” um longo necrológico, chamando-lhe de “eminente brasileiro”, e honras da Câmara Municipal da Corte pela conduta e pelos serviços dignos.
Fonte: http://www.nossosaopaulo.com.br