31 de Março de 1848 – Ocorre o Fenómeno Espírita em Hydesville – EUA.


Em matéria de Espiritismo, duas datas são importantes: 31 de Março de 1848, que assinala o início dos fenómenos que deram origem à Doutrina Espírita, e 18 de Abril de 1857, data em que surgiu “O Livro dos Espíritos”, contendo os princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens.

Em Março de 1848 vivia em Hydesville, vila modesta do estado de Nova York (Estados Unidos), a 32 km de Rochester, uma família que viera do Canadá, constituída por quatro pessoas – o pai John Fox, a mãe Margareth e as filhas menores, Margareth, de 14 anos, e Kate, de 11 anos (foto). Os outros filhos do casal moravam noutra cidade.

A família ali se instalou desde o dia 11 de Dezembro de 1847 numa casa típica daquela região, feita de madeira, com dois pisos ligados por uma escada e por baixo uma adega.

Em Janeiro de 1848 a família notou o aparecimento dos primeiros raps (pancadas), sob a forma de ruídos de arranhões, às vezes simples batidas, outras semelhantes ao arrastar de móveis, que eram ouvidos no tecto, no soalho e nas paredes.

Os raps tornaram-se habituais naquela casa e foram-se intensificando de tal modo que, ao chegar o dia 31 de Março, a família já não conseguia suportá-los, visto que em algumas noites as próprias camas das meninas foram postas a tremer e elas acabaram por ir dormir com os pais.

Numa sexta – 31 de Março de 1848 – a família recolheu-se mais cedo e ainda não eram 7 horas da noite quando os barulhos começaram. Kate, a mais jovem, resolveu então, entre nervosa e medrosa, propor ao agente invisível que produzia aquele incómodo: “Senhor Pé Rachado, faça o que eu faço”, e bateu palmas. Imediatamente seguiu-se a resposta, com o mesmo número de pancadas. Quando Kate parou, o som parou. Margareth pediu então, brincando: “Agora faça exactamente como eu. Conte um, dois, três, quatro” e batia palmas enquanto falava. Os ruídos produziram-se como antes, repetindo as suas palmadas. A menina teve, porém, medo de prosseguir; foi quando Kate disse, na sua simplicidade infantil: “Oh! mamãe, eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de Abril e alguém quer nos pregar uma mentira”.

Fonte: http://www.oconsolador.com.br